18 de junho de 2015

RESENHA: A Lista

Editora: Novo Conceito
Autor(a): Cecelia Ahern
Número de Páginas: 384

Sinopse: Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente.
Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira.
Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.

Olá gente lindaaa!!
Hoje venho falar de um dos lançamentos de maio da Editora Novo Conceito, o livro "A Lista", da Cecelia DIVA Ahern
Mais uma história cheia de ensinamentos. A autora consegue, de forma nada escancarada ou forçada, nos mostrar certas coisas. Nos faz perceber até que ponto estamos dando valor a coisas insignificantes e desvalorizando o mais importante, nos mostra como é fácil nos esquecermos de nossa essência... enfim, nos mostra que, embora seja fácil nos perdermos no caminho, sempre é possível encontrar uma saída. E dessa vez ela faz isso através da personagem Kitty Logan, uma jornalista que está enfrentando o pior momento de sua carreira e de sua vida.

Após a publicação de uma reportagem "mentirosa", Kitty e a emissora na qual trabalha(va) estão passando por um processo judicial. Após ser enganada por duas supostas vítimas de pedofilia, Kitty "desmascara" um professor em rede nacional. Agora, após o caso ser apurado e desmentido, sua carreira está acabada. Além de perder o emprego e saber que nunca mais terá lugar na TV, ela é perseguida por pessoas revoltadas com o caso e todos os dias que chega em sua kit net, encontra alguma surpresa desagradável (e mal-cheirosa) esperando por ela.
Além disso, seu namorado decide ir embora sem aviso prévio, seu melhor amigo, Steve, está decepcionado com ela e sua amiga Constance, a editora da revista que a acolheu, está com Câncer. Seu mundo está de pernas para o ar.
Após alguns dias, Constance morre, deixando Kitty ainda mais desolada. Ela não tem ninguém com quem contar. Sua mãe só liga para dizer o quanto está decepcionada, ela sente remorso por ter transformado a vida de um homem inocente em um inferno após sua matéria. Sua única chance de tentar recomeçar é escrever a última matéria de Constance.
"(...) há alguma história que você gostaria que fosse escrita, mas que por algum motivo nunca escreveu?" (página 19)
Para colocar em prática a última ideia da amiga, a fim de lhe fazer uma homenagem, Kitty dispõe apenas de uma lista - feita por Constance - com cem nomes e seu tempo livre. Ao entrar em contato com algumas pessoas da lista (pois é impossível encontrar cem pessoas desconhecidas em apenas duas semanas), Kitty nem imagina com a ligação entre ela, se é que há alguma. Constance nem ao menos entrara em contato com elas anteriormente. É como atirar no escuro: Kitty não faz ideia de qual será o resultado, mas é sua única chance.
"Não acreditava em tudo o que precisávamos enxergar fosse visível aos olhos, e sentia um desejo iminente de descobrir o que havia por detrás das camadas de cada pessoa." (página 113)
E é aí que as coisas começam a ficar mais interessantes. Kitty vai conhecendo melhor seis das cem pessoas da lista e o leitor, por sua vez, ficando cada vez mais curioso a respeito de suas histórias, torcendo para que cada um deles tenha um final feliz. São seis personagens bastante diferentes entre si, mas com histórias interessantíssimas. Kitty é, sem sombra de dúvida, uma personagem forte. Se você pensa que as coisas vão se ajeitando para ela ao longo da história, está enganado, a cada página sua situação só piora evamos vendo uma mulher, antes confiante, ficando cada vez mais insegura. Sabe as pedradas que a vida dá? Bem, Kitty poderia construir uma muralha com elas. Uma muralha que não deveria nada a da China.
"E aí uma coisa boa aconteceu naquele dia, a primeira do dia, a única, mas, às vezes, tudo de que precisamos é de uma única coisa boa." (página 168)

***
Apesar de toda a situação dramática, Kitty é o tipo de personagem espontânea que não deixa a peteca cair e não fica chorando em casa esperando a poeira baixar. Ela vai à luta. Vai em busca da história de seis pessoas desconhecidas, mas, acima de tudo, vai em busca de sua própria história. De seu novo começo.
Como já é característico da escrita de Ahern, a reflexão é um elemento bastante presente. Ela nos apresenta situações que nos faz ver o quanto a vida pode ser imprevisível, que nada é perfeito e que o melhor que podemos fazer é vivê-la intensa e autenticamente, sem esquecer nossa essência, sem desistir. E se nos perdermos no caminho, sempre é tempo de recomeçar, de fazer de novo, de fazer melhor.
Outro ponto positivo é o fato de a autora apresentar personagens com características reais, uma cabeleireira, um ex-presidiário, um engenheiro desempregado, enfim, pessoas que não precisam ser figuras famosas ou extraordinárias para ter uma história interessante. Todos têm uma histórias para contar e toda história é igualmente interessante... essa valoração (ou falta dela), na grande maioria das vezes, no modo como olhamos para cada história.
Como sempre, eu  SUPER recomendo! Ahern é vida, gente!!

Classificação:

***
Espero que gostem!!

Beijos e amassos!!

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